domingo, 27 de março de 2016

Revelação, 1

Em novembro de 2002, atendia ao meu último cliente do dia, no início da noite.

Era um executivo de primeiro escalão, médium de incorporação de primeiro escalão, com salário e namorada (também minha cliente) de primeiro escalão. Ele estava se sentindo obturado. Preso numa rotina de trabalho rigorosa, cheia de responsabilidades, que estava atrapalhando sua vida pessoal e afetiva e ele teimava em mudar temendo perdas importantes.

A mudança mais fácil e com menos perdas, era na área espiritual, pois eu sentia nele um potencial muito maior do que exercia no Centro que frequentava, há 15 anos.

Aquela era a 21ª consulta dele. Pra quem não sabe, atendo à maioria dos meus clientes de 28 em 28 dias. Portanto, nos conhecíamos há quase dois anos. Voltei ao assunto, dele mudar sua rotina de médium, evoluindo prum patamar superior, etc. Era a terceira ou quarta vez que repetia minta tese.

O cara começou a ficar agitado, como se estivesse ficando puto...

Eu, claro, já ia mudar de assunto, quando ele falou:

- "É o seguinte: você insiste nesse papo d'eu trabalhar minha mediunidade de outra forma, então vem vindo um cara falar com você, agora, e eu vou ter que dar passagem porque não consigo segurar..."

- "Finalmente, nos encontramos!" Já não era mais o meu cliente. Era o tal "cara", com outra voz, outro vocabulário, falando bem mais alto e de forma efusiva. Meu cliente era tímido.

(Afaste o cagaço, a história não é de terror.)

Era São Pedro, o apóstolo, ou alguém da sua mônada, que veio falar comigo.

Bem, aqui é o ponto em que "maluco, pretensioso e charlatão" é o julgamento normal que percebo na maioria das pessoas, desde 1993, quando tive a primeira manifestação paranormal. De lá pra cá, embora ninguém jamais tenha me admoestado com os adjetivos, cara a cara, eu sei que são ditos ou pensados. Eu mesmo investiguei a primeira possibilidade. Com psiquiatra e ressonância magnética do crânio. Podia ser um tumor gerando as manifestações, tipo John Travolta, no filme "Fenômeno", sei lá... Então, fique à vontade, pode parar a leitura. Estou acostumado. Vou entender. Não vou me magoar.

Ou...

Naquela altura, daquela consulta, aos 40 anos, eu já amava ao Meu Deus acima de todas as coisas, e pessoas.

Ou seja, eu me autoconhecia profundamente. Tinha consciência do que o meu espírito estava fazendo no meu corpo. A qual propósito a minha trindade (corpo, mente e alma) servia, qual era a missão do José Paulo Corrêa Pitombo. Já não tinha mais o inferno astral permanente e as angústias periódicas, vindas do nada, desde jovem. Compreendia a função da minha mente sofisticada e seus valores precoces inatos que me fizeram sentir como um peixe fora d'água, por décadas. Àquela altura, sabia responder às três perguntas básicas da filosofia-mãe, pré-socrática: Quem sou? De onde vim? Pra onde vou?

E a revelação não está em dizer que São Pedro veio falar comigo, em novembro de 2002, mas o quê ele veio dizer. E pra quando.

Resumindo o papo de 40 minutos, eu tinha que reunir pessoas com características bem específicas, de uma forma também específica, metódica e sistemática, para estruturar a canalização do projeto de reforma e construção do "Reino de Deus na Terra" (ele não disse assim, estou sintetizando).

Embora eu estivesse escutando atentamente e entendendo tudo, como sempre fiz em salas de aula, ele me advertiu: "estou lhe falando coisas importantes, não é melhor você anotar?" Sem graça, peguei papel e fiz anotações. Depois, o papel se perdeu, mas jamais esqueci. Você esqueceria?

Pouco antes dele ir embora, me perguntou se eu tinha alguma pergunta a fazer. Não sobre o assunto, necessariamente, mas genérica. Disse que não e agradeci.

Eu sei... você deve estar querendo me matar agora... Eu mesmo quase o fiz... Como assim?!? Nenhuma pergunta?!?  Toca mesmo harpa no céu? O universo é curvo? Saint Germain é todo violeta? A barata foi um erro de Deus? Sei lá, qualquer coisa... Desculpe-me e entenda, desde 1993, até aquele dia, eu caminhei sozinho. Sem guru, sem religião, sem misticismo, apenas a fé de Platão e Einstein, apoiada na razão silógica. Apenas eu e meu aprofundamento interno. Apenas eu e Deus.

Hoje somos centenas, em torno de uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), ainda desativada financeiramente pra evitar as grandes despesas fixas que ela gera, chamada OBRA - Omega Brasil, uma pessoa jurídica de caráter associativo, pra evitar a personalização de um "salvador", a busca por lucros e a conotação religiosa sobre o assunto, as três maiores causas de todas as guerras, em todo o mundo, agora.

Pra quê?

Segundo São Pedro, "tudo (as escrituras apocalípticas) estará acontecendo em 17 anos".

Isto é, até 2019.

Sim, bate com a data recentemente revelada por pessoas próximas ao Chico Xavier, cuja história eu desconhecia.

Se "estará acontecendo", deve começar antes de 2019 acabar.

Assim, estamos bem próximos. Logo, não podemos errar nos projetos das atuais construções, individuais e coletivas, para não desperdiçar energia e recursos, e devemos começar a demolir as velhas e falsas construções, individuais e coletivas, tarefa inicial em qualquer reforma.

Isso é o que já está acontecendo na política brasileira, por exemplo.

Microscopicamente, parece que se trata de direita contra esquerda e vice-versa. Macroscopicamente, trata-se do "Plano de Deus na Terra".

E o Brasil é muito importante nesse projeto soberano.

Conheça-o. Visite a OBRA.

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